Suas raízes buscam os primórdios do Século XVI, havendo como chefes dominantes os morubixabas de nomes Irapuã ou Mel Redondo e o irmão Jurupariaçu ou Demônio Grande, clãs vinculados à Nação Tabajara. A partir do ano de 1656, quando se estendeu a Catequese ao longo da Serra Grande, formou-se nessa oportunidade o aldeamento a que se denominou de Baepina. Diante do moroso, mas relutante crescimento, deu-se a esse reduto o nome de São Pedro, depois São Pedro da Baepina ou Baiapina.
Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVII, o atual território de Ibiapina era habitado por nações indígenas Tupis (Tabajara, Tupinambá) e tapuias (cararijus).[6][7] Existiam mais de setenta aldeias indígenas na região, sendo conhecidos os chefes tabajaras Irapuã ("Mel Redondo") e seu irmão, Jurupariaçu ("Demônio Grande").[8] É uma das regiões do Ceará no qual os indígenas já tinha contatos e negociavam com os franceses estabelecidos em São Luis do Maranhão antes da chegada dos portugueses.
Os portugueses chegaram a partir de 1603, com a expedição de Pero Coelho de Souza e tinham, como intuito, encontrar um caminho por terra para poder expulsar os franceses do Maranhão. Nessa expedição, também veio o jovem Martim Soares Moreno. Pero Coelho e suas tropas guerrearam com os nativos, vencendo-os e fechando um acordo de paz com os mesmos, porém, quando este e suas tropas avançaram na direção do Piauí, foram derrotados pelos indígenas e franceses.[8]
Em 1607, os padres Francisco Pinto e Luís Figueira chegaram à região, encontrando as aldeias dispersas, em conflito e amedrontadas com relação aos portugueses. Estes ficaram quatro meses na região e, depois do assassinato do padre Francisco Pinto, o padre Luiz Figueira fugiu da região.[8]
Em 1656, vieram os Jesuítas do Maranhão com a catequização ao longo da Grande Serra. Nesse período, formou-se o aldeamento a que se denominou Baepina.
Até 1741, pertenceu à Capitania do Piauí, quando, então, passou à jurisdição do Ceará. Até hoje, existe um litígio entre os dois estados sobre as divisas territoriais.[9]
Os principais eventos culturais são:
Festa de São Sebastião (20 de janeiro)
Festa de São José (19 de Março)
Mês Mariano (maio)
Festa de Santo Antônio (13 de junho)
Festa de São Pedro - Padroeiro (29 de junho)
Semana da Pátria (setembro)
Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (15 de agosto)
Festa de São João (29 de Março)
Festa de São Francisco (4 de outubro)
Concurso Miss e Mister Ibiapina (22 de novembro)
Dia do Município (23 de novembro)
Festa de Santa Luzia (13 de dezembro)
Igreja:
Suas manifestações de apoio eclesial provêm, inicialmente, da construção de uma capela de taipa, coberta de palhas e piso e de chão batido. Essa capela, ainda construída sob a influência missionária da Ibiapina, tinha como religiosos cerca de 60 índios, quase todos originários do Termo de Sobral. Houve como fundador e construtor dessa primitiva capela o português de nome Manuel da Costa Resplande. Ainda sobre essa modesta obra, deve-se ressaltar peculiaridades interessantes, como por exemplo o diminuto tamanho do sino e a imagem de São Pedro, também pequenina, confeccionada em barro, talvez por algum artista pouco entendido em obras plásticas.
O patrimônio no qual seria edificada a Igreja-Matriz teve como doador o Capitão Pedro Francisco de Paula, no ano de 1848, e, no tocante à conclusão das respectivas obras, tem-se como referência o ano de 1878. As verbas de custeio, que deveriam ter saído dos cofres do Império, constaram de doações relativas a terceiros.
Além da Igreja-Matriz, ergue-se na sede a Igreja de São Francisco, elegante templo, contando-se ainda com a capela dedicada a Santo Antônio, situada no Cemitério Novo, obra construída em 1907.
O município é dividido em quatro distritos: Ibiapina (sede), Alto Lindo, Betânia e Santo Antônio da Pindoba.
Quando de sua elevação à categoria de Vila, evento ocorrido em virtude de Lei nº 1.773, de 23 de novembro de 1878, simplificou-se e modificou-se o nome para Ibiapina. Os atos inaugurais da recém-criada Vila datam de 1º de julho de 1879, porém com a denominação de São Pedro, consoante Lei nº 1.814, de 22 de janeiro de 1879. Essa denominação, no entanto e consoante Decreto nº 206, de 6 de junho de 1931, alterou-se para São Pedro da Ibiapina. Suprimido o Distrito, conforme Dec. 193, de 20 de maio de 1931, passou o seu território à jurisdição de dezembro de 1933. Sua elevação à categoria de cidade, com o nome de Ibiapina, ocorreu de acordo com o Dec-Lei nº 448, de 20 de dezembro de 1938.
Economia
A economia é baseada na:
Agricultura: café, banana, cana-de-açúcar, mandioca e feijão
Pecuária: bovinos, suínos e avícola.
Ainda encontram-se indústrias, tais como de produtos alimentares, de bebida, de madeira, de produtos minerais não metálicos e de vestuário, calçados e artigos de tecidos de couro e peles.
Turismo
O turismo é também uma das principais fontes de renda, devido as suas atrações naturais como a Cachoeira da Ladeira, o Buraco do Zeza, a Barragem dos Granjeiros, o Balneário Brisa do Ninga, a Bica Pinguruta, a Bica de Monte Belo, a Bica da Bigorna, a Cachoeira da Curimatã, a Cachoeira do Galo, a Bica do Frade, Mirantes e a Trilhas dos Aparatos.
Esporte
Estádio da cidade: Carvalhão.[13] Ginásio Poliesportivo Pedro Sabino Gomes.
Meios de comunicação
Rádio Compasso 98.7 MHz (FM)
Rádio Palavra (Web Rádio Gospel)
Rádio Ibiapina (Web Rádio)
Ibiapinenses ilustres
João Ximenes de Melo
Clima
Tropical semi-úmido com pluviometria média de 1081 mm [10] com chuvas concentradas de janeiro a maio.[11] Segundo dados da FUNCEME dá nos o direito de afirmar, ser Ibiapina o ponto mais chuvoso do estado do Cerá, pois em 43 anos de estatística de chuvas, Ibiapina atingiu o índice maior, isto, sendo campeão do estado em 10 anos na pluviosidade em mm. O clima na região é ameno, diminuindo a temperatura entre junho-julho.
Hidrografia e recursos hídricos
As principais fontes de água são de origem dos rios Jaburu, Pejuaba e Pituba, que são os três rios do município. Entretanto ainda são utilizadas cacimbas, poço raso, cisterna, poço amazonas e poços profundos.
Relevo e Solo
Localizado no centro da Serra da Ibiapaba, a principal elevação encontra-se na localidade de Mata Fresca, que fica a 970 metros acima do nível do mar.
Vegetação
A vegetação predominante é a Caatinga, mas outros três tipos vegetacionais são encontrados na região: a Floresta Subperenifólia Tropical Plúvio-Nebular (Mata Úmida, Serrana), a Floresta Subcaducifólia Tropical Pluvial (Mata Seca) e o Carrasco[12]
A fauna possui animais como, o macaco-prego, o mico-estrela, o tamanduá-mirim, a cotia, a jiboia, a salamanta, o preá, e mais de 120 espécies de aves.
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